PROTEÇÃO SOLAR: as dúvidas mais frequentes

farmarketing
31 de mai. de 2019
3 min de leitura

O protetor solar é dos produtos cosméticos mais vendidos na farmácia, principalmente quando o sol começa a espreitar e é também aquele que gera mais dúvidas. O farmacêutico deve responder a todas essas perguntas de forma abrangente e, além disso, realizar uma tarefa educativa para que a fotoproteção seja incorporada à rotina diária do cuidado facial.

Para isso, é importante verificar o estado da pele antes de recomendar qualquer produto.

Também é importante ter em conta outros fatores, como a toma de medicamentos, área de exposição, atividades diárias...Tudo isso é essencial para saber qual a fotoproteção mais adequada em cada caso.

Das seguintes 6 questões, algumas são as mais recorrentes dos utentes nas farmácias e outras são as que devem ser esclarecidas e ou reforçadas quando fizeres um aconselhamento:

1. Quando aplicar protetor solar?

Como todos sabem, a proteção é essencial durante todo o ano e não apenas no verão, portanto deve fazer parte da rotina diária.

Aplicar pelo menos 30min antes de sair de casa, para que haja tempo de ocorrer a absorção total e que o produto se torne eficaz. Reaplicar pelo menos a cada 2h, ou mais frequentemente quando depois de um banho prolongado ou se houver transpiração intensa.

2. Como proteger a área dos olhos?

O aconselhamento de um protetor solar deve adaptar-se a cada zona do corpo. Existem atualmente formatos específicos para áreas especialmente sensíveis como para o contorno dos olhos.

3. O que significa resistente à água? A proteção não desaparece ao sair da água? Isso significa que o filtro solar persiste na pele pelo menos 50% após 40min em contacto com água/suor. Existem protetores solares para uso em pele húmida. Em qualquer caso, é necessário reaplicar ao sair da água.

4. Qual é a diferença entre um filtro solar químico/físico e quando usar um ou outro? Os filtros físicos ou minerais têm um efeito de "camada protetora", os fotoresistentes exclusivamente minerais são os mais indicados na pele intolerante, atópica ou em crianças pequenas, porque não são absorvidos. Contudo as formulações melhoraram muito ultimamente e existem poucas que permanecem com aquele aspeto branco na pele.

5. O protetor solar SPF50+ ou SPF90 ou SPF100 protege muito mais? O SPF indica apenas a proteção contra a radiação UVB, devendo também ter atenção à proteção contra UVA, IR e Visível, incluindo reparação de DNA.

A diferença entre 50, 90 e 100 é insignificativa, e é por isso que a Colipa (Associação Européia de Cosméticos e Perfumaria), a União Europeia e a FDA (Food and Drug Administration) recomendam (embora não seja obrigatório) rotular com 50+ de SPF50 para evitar confusão.

6. Os nutricosméticos solares são eficazes? São um complemento eficaz à fotoproteção tradicional, mas nunca a substituirá. É especialmente eficaz em pessoas que reagem facilmente ao sol.

Se o objetivo é potenciar o bronzeado e torná-lo mais brilhante, deve aconselhar-se um suplemento de betacaroteno pelo menos 15 dias antes da exposição solar, manter durante a exposição e 15 dias depois para aumentar a duração da cor.

Caso o pretendido seja prevenir o fotoenvelhecimento ou evitar hipersensibilidade ao sol, tomar betacaroteno um mês antes, durante a exposição ao sol e 15 dias depois.

Para evitar manchas, tomar suplementos com Polypodium leucotomos, antioxidantes como o licopeno, vitaminas C, E e D. Tomar durante todo o ano ou pelo menos durante o verão e sempre que houver exposição intensa ao sol (15 dias antes pelo menos e durante todo o período de exposição.).